Seja bem-vindx!

Esse é o cantinho de um menino simples, inquieto e muito pensativo. Devaneios literários são mais que comuns aqui, podendo até gerar dúvidas: será? Espero que goste de passear por aqui. ;-P

segunda-feira, 23 de junho de 2014

De volta pra casa

Faz tanto tempo... Acho que o Sr. Destino me pregou uma peça.

Fiquei tão longe de casa, vagando, perambulando por entre as vias que o conhecimento nos oferece. 
Mas não foi em vão: minha mente cresceu como nunca.

Porém a saudade de estar por entre os devaneios que faziam parte do meu cotidiano é descomunal... São nessas horas que descobrimos o quão dependentes somos. Mas por um lado é bom: não nos esqueceremos do que nos fez e faz bem.

Nunca vou matar a saudade. Além de crime, é um ataque ao lado do eu que cuida das boas memórias. Procuro sempre saciá-la, como um animal que necessita de alimento, como uma torre que precisa de sustentação... A saudade é um dos pilares para os bons relacionamentos.

Por isso a cultivo (e com muito cuidado). Não basta regar, arar a terra, preparar ornamentos auxiliares: se exige um bom fundamento. Memórias ruins? Só gera rancor. Saudade é fruto de bons momentos.

Além da saudade, existe algo a mais, algo que complementa o prato já preparado, algo que diferencia o quadro dentre a exposição, algo que merece mais que destaque: a sensibilidade. Parece papo furado, assunto manjado, frescura. Mas não. O que falta nas pessoas é sensibilidade, é a capacidade de perceber e se sensibilizar com o que lhe é levado a conhecimento.

Jamais cobrarei de ninguém a saudade, a sensibilidade, a valorização das pessoas circundantes. Falsos sentimentos geram falsos afetos, e que por sua vez geram falsos relacionamentos. Uma obra arquitetônica ilusória capaz de ruir com a vida de uma pessoa. 

Mas sempre levarei comigo essas duas coisas tão desvalorizadas (apesar de atualmente imperarem os relacionamentos relâmpago), pois disso farei as minhas obras, disso farei minha vida, disso farei meus sonhos - tão loucos às vezes.

Agora já sei: ficar um tempo fora não é ruim (muito pelo contrário). Mudar o cotidiano e cultivar as boas lembranças é mais que um exercício para a alma, para a mente, para o grande e misterioso 'eu'. Uma chance de testar o que de fato era importante.
Rafael B. Matoso
Relembrando os tempos em que mergulhar nos devaneios de um blog era uma tarefa diária.

domingo, 2 de março de 2014

E SE EU DESISTIR?



    Se um dia eu desistir de escrever, não sei, estaria desistindo da minha vida, eu acho. Ou da minha alma. De mim.

    Mas, pensando bem, escrever é se expressar. Se expressar, por sua vez, é botar para fora tudo o que transborda no âmago. Talvez até mais que isso. Com certeza mais que isso.

    E, se um dia, eu desistir de escrever, estarei desistindo de me expressar, de me acalmar, de rever os pontos de cada situação, de pensar na vida, de ver tudo com olhos diferentes, com pontos de vista diferentes. Estarei abrindo mão de dar razão a minha profissão. Estarei assinando meu atestado de óbito.

    E os meus sonhos? E todos os meus planos de vida? E as minhas metas a serem alcançadas? E o nexo de fazer dos meus lucros mensais frutos de meu trabalho-terapia?

    Que bom seria se eu simplesmente pudesse pescá-los e guardá-los na minha Cesta de Sonhos a Serem Realizados. Que bom se fosse clara a estrada a ser percorrida... Mas pera. Ela é clara. Ela é visível. Então, por que fazer da batalha um lamento? Por que taxar de veneno o elixir da vida?

    Sempre tentei ver o lado bom das coisas, mas às vezes (ou quase sempre) o lado ruim impera de tal maneira que a boa é encapada, estocada, enclausurada. Mas a vida não é feita de... Não. Ela é feita sim. É feita de tudo. Nós é que não conseguimos absorver as totais dimensões dela. Por isso reclamamos, xingamos, botamos culpa em tudo e todos.

    Sonhos podem ser apanhados. Sonhos podem ser construídos. Sonhos podem ser encontrados. Sonhos podem ser tudo o que vem do desejo e interesse de cada ser humano da Terra. Sonhos são, na minha singela verdade, a dimensão paralela que queremos estar. Por isso é que são perfeitos...

Rafael B. Matoso

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

O poder da escrita


Minha mente voa. Sai do chão como se não houvesse gravidade atuante. Como se tivesse mil asas a impulsionando ao infinito.
É uma coisa mais que mágica. Vários e diversos mundos se chocando e transcendendo cada expectativa e conceito meus antes construídos. 

Uma aventura mais que um simples adjetivo da língua dos homens possa descrever.
Isso é bom. Ótimo. Maravilhoso. Ter o poder do infinito nas mãos e fazer o que bem entende com ele. Dar o seu traçado. Imprimir as suas emoções e sensações. Engordá-lo com todos os seus pensamentos e teorias, frutos de horas de reflexão. 

Escrever uma história é assim. Dar poderes telecinéticos à mente. Sair quebrando tudo e não ter medo de enfrentar os mais temidos medos, o pior dos vilões, o mais devastador dos cataclismos. É dar vida à todo um sistema de seres e mundos. É grafar o complexo e profundo ser humano em frases e tramas enroladas. É trabalhar duro na mais gostosa terapia...

Rafael Matoso

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Sonhos perdidos...

Sonhos se perdem tão facilmente. Ao passo que sonhos se acham tão facilmente.
Às vezes são brisas de verão. Às vezes tormentas de inverno. Às vezes um leve passo ao futuro. Às vezes um grande tombo ao passado.

Sinto que meus sonhos vem de lugares diferentes, distintos, únicos. Meus sonhos são as peculiaridades de um agregado de coisas sentimentais e melosas, que clama por um amor verdadeiro.
Sinto que meus sonhos se tornam fortes, mais fortes a cada minuto. A cada passo que dou, um sonho se liberta das entranhas de minha massa cinzenta e se atira ao abismo da realidade, pairando sobre os medos que pulam para me derrubar.

A sorte está lançada. O amor compete com a paixão pelo direito de viver. As garras de um começo desastroso se abrem para meu encontro, mas sei que são meras ilusões. Bem sei eu que louco é aquele que só vê a realidade.
Rafael Matoso

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

EQUILÍBRIO



Tudo está confuso.
Sem nexo.
Sem direção.
Vertiginoso.

Somente pensar não resolve nada.
Somente ouvir o coração só piora.
Não tentar não ajuda.
Tentar equilibrar dá, mas não é nada fácil.

Mente e Coração.
Racionalidade e Irracionalidade.
Dois polos tão poderosos e tão briguentos entre si.
Tão complexos quanto os seus donos.


quarta-feira, 10 de julho de 2013

"TEMPOS"

Me sinto deslocado...
Dentro de uma coisa da qual não pertenço,
Não conheço,
Não intendo.

Será que parei no tempo?
Será que o tempo correu a minha frente?
Eu não sei.

Porque se soubesse,
Já não estaria mais questionando,
Contrapondo,
Revoltando...
Enlouquecendo.

O que eu sei é que
As Coisas Mudaram.
Os peixes saíram das águas,
e eu aqui,
no fundo de um abismo oceânico.

E do nada,
Saí do meu aconchego,
E acordei em um lugar estranho,
com uma terra diferente,
parecia quebrada em vários pedacinhos,
amarelada, e quente,
por conta daquela coisa amarela que brilha lá em cima.

Abstrações a parte,
sou um dos novos humanos antigos,
que se asseguraram nas raízes de sua criação,
e não querem largar, 
pois sentem medo,
medo de algo,
de dentro,
do inconsciente.

Ahh!
Tentar descrever o ser humano antigo é difícil,
imagine um dos novos...

Meus conflitos internos estão difíceis.
Aquela velha história do novo e o velho,
brigando pela obtenção da razão...
Mas que razão?
Aquela intelectual e moral?
Não teria tanta certeza...

Que estranho...
O que eu não sabia, agora eu sei,
e o que eu sabia, simplesmente não sei mais...
São os tempos modernos,
se é que existe tempo...


Aaron Callas'
Depois de se ver em um "futuro", onde só existe sepulcros das coisas que vivenciou...

sexta-feira, 14 de junho de 2013

PELO OLHAR LOUCO, SE VÊ UM FINAL FELIZ...



























Olho para todos os lados...
E vejo a mesma coisa...
A mesma redundância...
Descarada, hipócrita, cara de pau.

Ativo minha percepção de 720°,
Mas não adianta,
A mesmice reina soberana,
E seus apóstolos trabalham ferrenhamente para isso.

Tento de tudo,
Faço e desfaço,
Meu esforço chega a pontos críticos,
Mas pareço estar em uma prisão sem grades.

Loucura,
Medo,
Pânico,
Ilusões.
Os distúrbios psicossomáticos tomam conta de minha mente.

E,
Meu "eu" não é mais "eu".
Minha vontade não é mais minha.
Meu corpo,
Sem mais nem menos,
Deixa de me obedecer,
E passa a ser o que bem entende.

É...
Pensava que a vida era fácil,
Pensava que as paixões não poderiam me pegar,
Pensava que as ilusões não eram para mim...

Ledo engano.

Já cansei de dizer que "tudo pode piorar",
Eu já sei disso,
Todos sabem disso,
E,
Como tudo, 
Seja aonde for,
Pode melhorar.

Basta,
Somente,
Fazer um esforço,
Ter a vontade,
A determinação,
A coragem.

Sim, essa lista é grande,
E não se acha por aí nas ruas ou mercados,
Pois está muito perto,
Muito perto mesmo.
Basta olhar...

E,
Mais uma vez,
As coisas ruins do início,
Me proporcionaram muitas coisas boas.
Me tirando da divisa "bem e mal",
Pois a coisa tá mais complexa,
Indo mais a fundo nos sentimentos,
Tendo várias faces,
Se boas ou más,
Não se sabe,
Cada um interpreta de um jeito,
Tendo nuances longos e inesperados.

É como diz a frase: "A visão que por ventura escura ficar, cega jamais estarás".

R. B. Mattozzo'
Achando um jeito de desabafar  um coração tão profundo quanto um oceano.
"CORPO E ALMA UNIDOS A SERVIÇO DA EVOLUÇÃO... EIS O QUE DETERMINA A NATUREZA!"